segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A chama que se extingue

Vivendo séculos através das sombras, vendo o tempo passar por meus olhos e nunca me levando consigo.
Se algo mais importa eu desconheço.
No caminho ao qual me entreguei na luxúria de uma noite banhada em sangue, não existe mais nada.
O amor que vivi.
A família que tive.
O palacete onde morava.
As luzes de vela que me encantavam.
O imortal que me abraçou.
De tudo isso somente as cinzas espalhadas ao vento restou.
A fascinação da sedução da caçada, o gosto agridoce carregado de adrenalina, o calor do corpo em meus braços, as batidas do coração, a respiração que falha, nada mais disso me cativa.
Nem a Sede ou a Fome.
A Loucura ou o Devaneio.
Nem a Humanidade que grita em meu peito.
Para esse ser que almeja a lua, não existe mais nada.
Nada mais importa.
Pergunto-me a cada vítima se alguma delas pode me devolver á vida.
Ou entregar-me deliciosamente à morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

"e o qeu as vitimas te responderiam? entregar-te-aim o sangue sem nada em troca? ou dariam te o prazer de ver sangue verter apenas por descuido...

pergunte... ou melhor... nunca pergute. pois, se um dia tentar abraçar um filosofo grego, ele te dara a maior dor de cabeça... que transcende o corpo, que atinge a alma... mesmo ja perdida, mas estando com vc..."

Muito bom mesmo sus posts... achei que ja havia habandonado.... graças...